A palestra acontecerá amanhã, dia 17 de setembro, às 20h via Google Meet.
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- 17/09, 20h: Palestra online - Indumentária e Bordado
- 18/09, 8h30: Live pelo Instagram
- 19/09: MEU ANIVERSÁRIO
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2018 foi um baita ano... Aconteceu tanta coisa que não registrei como deveria, mas vivi com muito amor e intensidade.
Como muita gente sabe, participo de um núcleo setorial, o Grupo Teia - Rede de Trabalho Artesanal, dentro de uma associação comercial, a Microempa, aqui em minha cidade. No final de 2017 nosso grupo foi selecionado em um edital que nos escrevemos, através da CACB, Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, e fomos contempladas na 2ª fase do Projeto Empreender, o Empreender Competitivo. Um dos principais objetivos do edital é viabilizar ações e capacitações previamente indicadas pelas empresas participantes do grupo, e torna-las mais competitivas no mercado. O edital subsidia a maior parte do valor apresentado no projeto para a realização das ações, o restante é investido do caixa das empresas participantes, ou seja, a gente não ganha nada, a gente investe e tem {na minha opinião} a obrigação de fazer esse investimento dar retorno, tanto pelo fato de investirmos do próprio bolso, como do fato de recebermos dinheiro público que subsidia parte do projeto. São 2 anos de planejamento e execução, com metas e objetivos muito claros. Entre a euforia da seleção, em dezembro de 2017, e o início da execução das ações, em abril de 2018, minha expectativa estava nas alturas. A medida que as ações começaram a se acumular {por que a gente planejou feiras, capacitações, mentoria, muitas coisas mesmo}, percebi que a responsabilidade aumentou ainda mais, e o tempo parecia correr mais depressa, e para uma pequena empresa, nesse caso uma MEI, que depende inteiramente de 1 só pessoa, a produção por diversas vezes ficou em stand-by para dar conta dos compromissos e agendas definidos para as ações do projeto. Mas enfim... Foi um ano corrido, mas fantástico.
REUNIÃO DO GRUO TEIA
Mas, quem sabe outra hora escrevo com mais detalhes cada uma das ações que fizemos dentro do Projeto Empreender Competitivo. O fato é que hoje é o último dia de janeiro de 2019, última hora, para ser mais exata. E não queria deixar passar o primeiro mês desse ano {que chegou chegando, mostrando que será MA RA VI LHO SO} sem o registro da gratidão por tantas coisas incríveis e oportunidades fantásticas que tem surgido em minha vida e em meu trabalho. Em 2017 {leia os posts Dia de Reis, é dia de presentear e O sorteio, o ajudante e o bordado} e 2018 {leia o post Dia de Reis e a tradição continua}, fiz o gancho do Dia de Reis, 06 de janeiro, que também se comemora o Dia da Gratidão, para fazer um sorteio entre as pessoas que acompanham meu trabalho. E quero sempre ter essa referência do dia 06 de janeiro como um dia especial para mim, minha família e meu trabalho.
SORTEIO DO DIA DE REIS 2017
SORTEIO DO DIA DE REIS 2018
Dessa forma, quero também em 2019 fazer um sorteio. Obaaa!!!
Porém, esse ano quero dar a quem for contemplada, ou contemplado, a opção de ganhar um lencinho bordado com sua inicial ou aprender comigo a fazer o bordado do lencinho. Tenho recebido muitas solicitações de dicas e aulas de pessoas que querem aprender a bordar. Não tenho conseguido agenda para um curso ou aulas regulares, mas quero muito ajudar a mais gente a encontrar os benefícios que o bordado pode trazer para nossa vida. Dessa forma, se a sorteada ou sorteado optar por aprender a bordar, disponibilizarei uma aula presencial {se for em Caxias do Sul} ou on line para ensinar o passo-a-passo para a confecção do zero o bordado do lencinho do sorteio.
Para participar do sorteio, você deve:
ATENÇÃO: CADA PARTICIPANTE, APÓS FAZER AS ETAPAS ACIMA, RECEBERÁ UM NÚMERO PARA A PARTICIPAÇÃO NO SORTEIO.
CHANCE EM DOBRO PARA JÁ CLIENTES UM PONTINHO {SEGUIDAS AS REGRAS, RECEBE 2 NÚMEROS 💓 }.
O sorteio será realizado no dia 17/02/2019, as 21h, e divulgado na Página do Facebook e no Instagram Um Pontinho. Serão válidas participações até as 19h do dia 17/02/2019.
E então... O que você prefere? O lencinho, para dançar na Vacaria 2020 {hehehe} e secar suas lágrimas de felicidade, ou aprender a bordar e criar outros tantos bordados maravilhosos? Espero tua mensagem, você é parte de minha gratidão. 💓
Então tu vais pra Vacaria, hein? É a primeira vez? Então te prepara, por que teu conceito de rodeio certamente será atualizado. Você vai ficar mais exigente e já não achará muita graça nos rodeios menores que participar. {Sinto muito, mas é verdade}.
Ah... Não é a primeira vez! Então eu sei, que bem aí no fundo do teu coração, guarda uma lembrancinha {ou muitas lembranças} de cada ano que já participou. Foram beijos ou abraços, encontros ou desencontros, choro ou muitas risadas, uma canção ou uma dança, um show ou um cachorro-quente, momentos compartilhados com gente que alguma coisa tem em comum contigo. É prenda? Tenho certeza de que lembra de todos os vestidos que já usou em Vacaria!!!
Vai dançar? Então prepare teu coração. Por que aquele palco mágico simboliza para quem dança muito mais do que um troféu. São horas da sua vida, são sacrifícios pessoais, que você entrega em 20 minutos de alta energia. E quando a gaita chora e você sente essa vibração, nada mais importa além de viver aquele momento.
Não tem como explicar, só sentindo para saber. Não crie expectativas {embora isso seja bem difícil}.
Mas antes de te dar o meu recado, quero te contar uma história.
Na década de 70, um jovem casal saiu do interior de Vacaria, com seus 10 filhos, rumo a Caxias do Sul. A decisão se baseou em boas conversas com familiares que já na cidade grande, enxergavam melhores oportunidades para seus filhos.E assim, para essa família, na década de 70, Vacaria não simbolizava mais oportunidades.
Na mesma época, um grupo de pessoas acreditava em um projeto que havia sido criado nos anos 50. Na mesma Vacaria da família que abandonara o campo rumo a outra cidade, o rodeio que nasceu intermunicipal passou a ser internacional. E assim, para esse grupo de pessoas, na década de 70, Vacaria simbolizava muitas oportunidades.
Sim, Caxias do Sul trouxe muitos desafios e prosperidade para essa família. Os filhos cresceram, os netos vieram, e o trabalho nunca faltou para que tivessem uma vida digna.
Sim, o evento intermunicipal se fortaleceu como internacional, e hoje, em 2018, atrai para Vacaria milhares de pessoas que amam as tradições gaúchas, vindas dos mais diferentes destinos do mundo. Essa Vacaria, oportuniza e fomenta emoções, sentimentos, negócios, cultura, valor, dinheiro, chances, paixões, prêmios, beijos, abraços, encontros, desencontros, choro, muitas risadas, canções, danças, shows, cachorros-quente e muito mais. Mais do que isso, movimenta gente, que larga tudo para curtir essa Vacaria.
Meu recado para ti, então é: viva intensamente o Rodeio de Vacaria. Sinta sua energia. Compartilhe sua vida com pessoas, que assim como você, esperam 2 anos para curtir cada minutinho dessas 2 semanas, e perceba como privilegiados somos. Nossas tradições são capazes de movimentar corações dos quatro cantos do mundo para se juntarem em uma pequena cidade do interior de nosso Rio Grande. E pense um pouquinho? Qual Vacaria você enxerga? A Vacaria que deve ser celebrada ou aquela que deve ser abandonada? (E leve umas botas, por que sempre tem pelo menos um dia que chove no Rodeio de Vacaria. 💓)
Se preferir, escute o post Vai pro Rodeio de Vacaria? Tenho um recado pra ti..
Eu bordo desde pequena. Minha mãe foi quem me ensinou. Não me lembro exatamente quando, nem como foi que aprendi, porque além de bordar, minha mãe me ensinou várias outras técnicas manuais. Mas foi o bordado que me desafiou, me fez querer saber mais, foi com ele que me identifiquei. E foi assim, meio sem querer querendo, que aprendi com minha mãe o que ela possivelmente aprendeu com a mãe dela, que por sua vez, minha avó materna também pode ter aprendido com alguém de sua convivência familiar. Isso é tradição: cultuar coisas boas do passado, sem regras institucionais, com adequações a cada ser, com adaptações dos tempos, passando de geração a geração.
Dos bordadinhos da infância, quando fazia meio que por brincadeira mesmo, até os tempos atuais, onde bordar se tornou um ofício para mim, tive a partir da infância uma vivência que reforçou ainda mais minha vontade de querer desenvolver essa habilidade: ingressar no meio tradicionalista do Rio Grande do Sul.
Nos anos 80, a convite de amigos, meu pai me inscreveu para começar a aprender as danças tradicionais do Rio Grande do Sul. Ensaiávamos em uma garagem {pequenina hoje, mas que na época parecia enorme}. Eu, sem saber exatamente o que aquilo significava {ou significaria} para mim, curtia mesmo eram as coreografias, os amigos, as brincadeiras com tantas crianças diferentes. Em seguida, começaram as viagens a rodeios, aí todas as crianças queriam comprar o mesmo brinquedo, a gente gostava de ir nos parquinhos {com aqueles brinquedos enferrujados, mas tão "legais"} que todo rodeio tinha. Na hora de se arrumar para a apresentação, estávamos prontos, cumpríamos nosso dever, mas depois a gente queria era "zuar". E assim, com o tempo, fui aprendendo que o mundo das tradições gaúchas era muito divertido, cheio de alegria e amizade, mas ao mesmo tempo fui compreendendo que cada coisa tinha um significado, um porquê, uma explicação.
Ainda pequena comecei a estudar para concursos de primeira prenda. Mais decorando informações e conceitos do que propriamente compreendendo, percebi que aquilo me ajudava a ir bem na escola. Os assuntos que estudávamos nos encontros de prendas, eram as matérias que aprendia nas aulas da 4ª série {5º ano do ensino fundamental hoje - não sei se as matérias estudadas ainda são as mesmas}. Muitas vezes quando a professora explicava, eu já sabia todo o conteúdo por ter lido e relido sobre geografia, história e folclore do Rio Grande do Sul junto com outras prendas nos encontros preparatórios. A autoestima ficava lá em cima. Além de uma prova escrita, para esse tipo de competição, era importante demonstrar habilidades artísticas {saber cantar, dançar, declamar tocar um instrumento - eu sempre dançava}, habilidades comportamentais {desenvoltura para falar em público, conversar com as pessoas, pensamentos coerentes - nos fazia treinar na frente do espelho} e também saber fazer alguma demonstração de "dotes domésticos" - não era esse o nome, mas na verdade compreendia algo assim do "universo feminino" #sqn {artesanato, culinária e mais alguma outra coisa que não lembro exatamente. Foi nesse momento que consegui reforçar ainda mais o quanto bordar me fazia bem e também impressionava as pessoas. Não somente pelo fato de uma criança fazer um trabalho "tão antigo", mas também por começar a compreender que quanto mais eu fazia, melhor ia ficando.
Com o passar do tempo, ainda no meio gauchesco, consegui encontrar sentido e significado em outras diversas vivências, mas certamente as da infância me marcaram de forma tão positiva que me fazem ter a certeza de que se hoje faço do bordado um trabalho tão cheio de amor, de dedicação e de propósito, sendo uma de minhas fontes de renda, foi com o reforço e estímulo que encontrei dentro de um CTG {Centro de Tradições Gaúchas}.
Perceba que de tantas coisas que relato a respeito desse pequeno pedaço de minha experiência no meio tradicionalista gaúcho, e que marcaram de forma tão verdadeira e significativa minha vida, não destaco concursos que ganhei, competições e rodeios em que fomos os melhores, porque para mim o que de fato ficou, de forma prática, foram as habilidades que desenvolvi e que facilitam minha "vida real" {vida real = vida fora do meio tradicionalista}, as amizades que perduram por tanto tempo, os valores que me fazem lembrar diariamente que a simplicidade do homem do campo tem muito mais força do que as aparências complexas que no mundo moderno tendemos a querer criar.
Talvez se voltássemos nosso olhar ao potencial que o meio tradicionalista do Rio Grande do Sul tem para capacitar pessoas, contribuindo economicamente, educacionalmente e socialmente não só ao nosso estado, mas ao mundo, teríamos uma compreensão mais adequada de nossa cultura além das fronteiras de Centro de Tradições.
Encerro esse breve texto com a citação de Barbosa Lessa, que já nos anos 50 atentava pelo propósito do tradicionalismo em sua tese O Sentido e o Valor do Tradicionalismo {o negrito é por minha conta}:
"O Tradicionalismo consiste numa EXPERIÊNCIA do povo rio-grandense, no sentido de auxiliar as forças que pugnam pelo melhor funcionamento da engrenagem da sociedade. Como toda experiência social, não proporciona efeitos imediatamente perceptíveis. O transcurso do tempo é que virá dizer do acerto ou não desta campanha cultural. De qualquer forma, as gerações do futuro é que poderão indicar, com intensidade, os efeitos desta nossa - por enquanto - pálida experiência. E ao dizermos isso, estamos acentuando o erro daqueles que acreditam ser o Tradicionalismo uma tentativa estéril de "retorno ao passado". A realidade é justamente o oposto: o Tradicionalismo constrói para o futuro."
"Até então, a família gaúcha pastoril, louvava o nascimento de Jesus Menino, com orações, no presépio: cantava Ternos de Reis, saboreava uma especial ceia e assim festejava o Natal na intimidade dos próprios membros da sua Santa-família, com muita alegria, amor e paz, seguindo a tradição de origem açorita, e sem a escravidão obrigatória do presentear. E quanto da satisfação de presentes, correspondia a 6 de janeiro. momento histórico das oferendas dos Reis Magos, e não no dia de Natal, como na comemoração atual."
Esse é um trecho da publicação Tirando Reses no Natal Pampeano, de J. C. Paixão Côrtes. Livreto esse que tive a honra de contribuir para a edição no ano de 2000, no qual Seu Paixão fala um pouco sobre a tradição pastoril do Rio Grande do Sul na época natalina.
Desde então {confesso}, tenho certa resistência a figura do Papai Noel. Gosto mesmo do sentido do Natal, da possibilidade de reflexão, da reunião familiar, da junção de gente querida.
Encerrando os festejos de nascimento de Jesus, comemoramos em 06 de janeiro, Dia de Reis.
Na vida rural em nosso passado {não exclusividade do Rio Grande do Sul} grupos de pessoas festejavam com música, visitação, comida boa e presentes. Mais do que o dia de desmontar a árvore, Dia de Reis também é dia de reflexão, é dia de festa, de visitar amigos, de presentear.
Comemorando essa data tão cheia de sentido, lembrando que é dia de presentear, vou sortear um pingente com pontinhos.
Para participar do sorteio, você deve:
O sorteio será realizado na próxima sexta-feira, dia 13/01/2017 e divulgado na Página do Facebook. Serão válidos os compartilhamentos até as 12h do dia 13/01.
Me sentindo abençoada, rodeada de gratidão, me despeço, nesse post com versos e oração:
Tinha Deus determinado / A humanidade remir / Libertando-a do pecado / E lhe dando outro porvir
Reclinado no presépio / Cheio de glória e de luz / Fruto da Virgem Maria/ Está o menino Jesus
Agora mesmo cheguemos / A beira de seu terreiro / Viemos para cantar / No dia seis de janeiro