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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Festejos Farroupilhas, palestra online, live e meu aniversário

Mês de Setembro é um mês muito especial: além da chegada da Primavera, que deixa tudo mais lindo e colorido, aqui no Rio Grande do Sul temos os Festejos Farroupilhas. Para quem não sabe, nesse período do ano celebramos nossa identidade local, a partir de um marco histórico que foi a Revolução Farroupilha. 

Não se comemora a guerra {ninguém merece, nem nunca mereceu guerra nesse mundo}, festejamos quem somos, nossa capacidade de defender ideais e raízes, coisa que vez ou outra tem gente que esquece. É um mês de muita festa em qualquer lugar que tenha um gaúcho {leia-se gaúcho quem se identifica com nossa cultura}, porém, em 2020 os Festejos precisaram se adequar, em função da necessidade de distanciamento entre as pessoas. Como disse, foram adequados, não cancelados. E essa adequação trouxe inúmeras possibilidades, pois somou-se a paixão por nossas tradições as ferramentas tecnológicas, e isso potencializou as formas de comemorarmos.

E foi dessa forma que recebi o convite do CTG Saudades de Querências, lá de São José dos Campos, interior de São Paulo, para fazer uma palestra on line, dentro da programação dos Festejos Farroupilhas, para falar um pouco sobre o uso do bordado na indumentária tradicional do Rio Grande do Sul.

A palestra acontecerá amanhã, dia 17 de setembro, às 20h via Google Meet.

A palestra será GRATUITA, porém somente para inscritos e as vagas são limitadas. Para garantir sua vaga, inscreva-se através do link abaixo.


QUERO ME INSCREVER NA PALESTRA

Mas, como disse, Setembro é um mês muito especial. E para mim, ganha um brilho ainda maior, pois é o mês do meu aniversário! Dia 19 de setembro de 2020 eu completarei 40 anos de vida.

Para comemorar com você e com as pessoas que acompanham meu trabalho {e que também amam bordar}, deixei o risco do bordado "Pra Vacaria a gente foi", na minha lojinha, para DOWNLOAD GRATUITO.

Efetue todo o processo da compra normalmente, no fechamento do carrinho digite o cupom

ANIVERDACATE

para gerar 100% de desconto para esse risco.
Válido até 19/09/2020.

E pra gente fechar a semana, na sexta-feira, dia 18 de setembro {véspera do meu aniver}, às 8h30 da manhã, farei uma live para bordarmos juntas. Será lá pelo Instagram, e bordaremos usando o risco "Pra Vacaria a gente foi". Mesmo que você não tenha ido a Vacaria {hehehe}, é um risco que você pode usar para fazer outras infinitas combinações, e mostrarei isso na nossa live, ok?



Agenda cheia, né? Mas anota aí pra não esquecer nada:

  • 17/09, 20h: Palestra online - Indumentária e Bordado
  • 18/09, 8h30: Live pelo Instagram
  • 19/09: MEU ANIVERSÁRIO
Saiba que ficarei muito feliz em ter você bordando junto comigo, comemorando os Festejos Farroupilhas e meu aniversário.

❤❤❤ 

domingo, 14 de abril de 2019

[PODCAST] #003 – Borda, Pensa e Sonha – Como anda a tua criatividade?



Terceiro episódio da primeira temporada do Borda, Pensa e Sonha, o podcast para quem trabalha com as mãos, sem deixar de lado a mente e coração.

Nesse episódio, provoco você a refletir sobre o uso da criatividade em sua vida.
Participação especial de Vanessa Kukul

Ao final, um convite para comemorarmos o Dia Mundial da Criatividade bordando, em oficina presencial e gratuita.

Mais informações sobre o Dia Mundial da Criatividade e a Oficina de Bordado: https://www.worldcreativityday.com/br

domingo, 7 de abril de 2019

[PODCAST] #002 - Borda, Pensa e Sonha - Jornada Empreendedora - Parte 2




Segundo episódio da primeira temporada do Borda, Pensa e Sonha, o podcast para quem trabalha com as mãos, sem deixar de lado a mente e coração.

Nesse episódio, compartilho um pouco de minha jornada empreendedora, minhas visões, oportunidades e desafios diante do mundo dos negócios. Uma visão feminina, delicada e maternal, sem deixar de ser forte e competente. Além disso, compartilho sobre os pilares que carrego como valores para minha vida e negócios, falando também sobre o que penso sobre o que é empreender e a importância do autoconhecimento.

Ao final, uma dica de livro para você praticar todos os dias pela manhã um pouquinho da vida nível 10 que todos merecemos viver. Essa é a parte 2 de 2 episódios dedicados ao tema.

domingo, 31 de março de 2019

[PODCAST] #001 - Borda, Pensa e Sonha - Jornada Empreendedora - Parte 1

Eu quero te contar uma novidade... Já há algum tempo eu estava pensando em compartilhar ideias e experiências minhas com você e com as pessoas que acompanham meu trabalho.

Finalmente a ideia saiu do papel, e hoje postei o primeiro episódio do podcast Borda, Pensa e Sonha... Palavras e intenções para você ouvir no final do domingo e ter uma semana mais leve.

Preferi fazer em formato de áudio, para que você possa escutar enquanto borda, ou faz alguma outra tarefa. Eu faço isso, então acredito que você vai gostar de fazer também.

Depois de ouvir, me diz o que achou. Me envia um email, um whats, um comentário com tuas impressões e sugestões. Ficarei feliz em receber.



Primeiro episódio da primeira temporada do Borda, Pensa e Sonha, o podcast para quem trabalha com as mãos, sem deixar de lado a mente e coração.

Nesse episódio, compartilho um pouco de minha jornada empreendedora, minhas visões, oportunidades e desafios diante do mundo dos negócios. Uma visão feminina, delicada e maternal, sem deixar de ser forte e competente. Além disso, compartilho sobre os pilares que carrego como valores para minha vida e negócios, falando também sobre o que penso da mais importante contribuição que o tradicionalismo gaúcho pode dar ao mundo.

Ao final, uma dica de livro para você se inspirar e ver o mundo dos negócios sob um ângulo mais criativo.

Essa é a parte 1 de 2 episódios dedicados ao tema.

***

Ouça também pelo SoundCloud ou Google Podcasts

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Janeiro, Gratidão, Reis Magos e Sorteio

2018 foi um baita ano... Aconteceu tanta coisa que não registrei como deveria, mas vivi com muito amor e intensidade.

Como muita gente sabe, participo de um núcleo setorial, o Grupo Teia - Rede de Trabalho Artesanal, dentro de uma associação comercial, a Microempa, aqui em minha cidade. No final de 2017 nosso grupo foi selecionado em um edital que nos escrevemos, através da CACB, Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, e fomos contempladas na 2ª fase do Projeto Empreender, o Empreender Competitivo. Um dos principais objetivos do edital é viabilizar ações e capacitações previamente indicadas pelas empresas participantes do grupo, e torna-las mais competitivas no mercado. O edital subsidia a maior parte do valor apresentado no projeto para a realização das ações, o restante é investido do caixa das empresas participantes, ou seja, a gente não ganha nada, a gente investe e tem {na minha opinião} a obrigação de fazer esse investimento dar retorno, tanto pelo fato de investirmos do próprio bolso, como do fato de recebermos dinheiro público que subsidia parte do projeto. São 2 anos de planejamento e execução, com metas e objetivos muito claros. Entre a euforia da seleção, em dezembro de 2017, e o início da execução das ações, em abril de 2018, minha expectativa estava nas alturas. A medida que as ações começaram a se acumular {por que a gente planejou feiras, capacitações, mentoria, muitas coisas mesmo}, percebi que a responsabilidade aumentou ainda mais, e o tempo parecia correr mais depressa, e para uma pequena empresa, nesse caso uma MEI, que depende inteiramente de 1 só pessoa, a produção por diversas vezes ficou em stand-by para dar conta dos compromissos e agendas definidos para as ações do projeto. Mas enfim... Foi um ano corrido, mas fantástico.


REUNIÃO DO GRUO TEIA


Mas, quem sabe outra hora escrevo com mais detalhes cada uma das ações que fizemos dentro do Projeto Empreender Competitivo. O fato é que hoje é o último dia de janeiro de 2019, última hora, para ser mais exata. E não queria deixar passar o primeiro mês desse ano {que chegou chegando, mostrando que será MA RA VI LHO SO} sem o registro da gratidão por tantas coisas incríveis e oportunidades fantásticas que tem surgido em minha vida e em meu trabalho. Em 2017 {leia os posts Dia de Reis, é dia de presentear e O sorteio, o ajudante e o bordado} e 2018 {leia o post Dia de Reis e a tradição continua}, fiz o gancho do Dia de Reis, 06 de janeiro, que também se comemora o Dia da Gratidão, para fazer um sorteio entre as pessoas que acompanham meu trabalho. E quero sempre ter essa referência do dia 06 de janeiro como um dia especial para mim, minha família e meu trabalho. 


SORTEIO DO DIA DE REIS 2017 


SORTEIO DO DIA DE REIS 2018


Dessa forma, quero também em 2019 fazer um sorteio. Obaaa!!!

Porém, esse ano quero dar a quem for contemplada, ou contemplado, a opção de ganhar um lencinho bordado com sua inicial ou aprender comigo a fazer o bordado do lencinho. Tenho recebido muitas solicitações de dicas e aulas de pessoas que querem aprender a bordar. Não tenho conseguido agenda para um curso ou aulas regulares, mas quero muito ajudar a mais gente a encontrar os benefícios que o bordado pode trazer para nossa vida. Dessa forma, se a sorteada ou sorteado optar por aprender a bordar, disponibilizarei uma aula presencial {se for em Caxias do Sul} ou on line para ensinar o passo-a-passo para a confecção do zero o bordado do lencinho do sorteio.



Para participar do sorteio, você deve:

  1. Curtir a página Um Pontinho no Facebook: clique aqui.
  2. Compartilhar em modo público a foto oficial do sorteio no Facebook: clique aqui.
  3. Enviar mensagem para o WhatsApp (54) 991178240 com seu nome completo e cidade com a mensagem: EU QUERO O LENCINHO CATE  (se você quiser ganhar o lencinho) ou EU QUERO APRENDER O BORDADO CATE (se você quiser ganhar uma aula de bordado para aprender a bordar).
  4. Se você não usa o WhatsApp, após compartilhar no Facebook, envie a mensagem para o email cate@umpontinho.com.br com seu nome completo / cidade / telefone de contato)
  5. Cruzar os dedos e torcer

ATENÇÃO: CADA PARTICIPANTE, APÓS FAZER AS ETAPAS ACIMA, RECEBERÁ UM NÚMERO PARA A PARTICIPAÇÃO NO SORTEIO.

CHANCE EM DOBRO PARA JÁ CLIENTES UM PONTINHO {SEGUIDAS AS REGRAS, RECEBE 2 NÚMEROS 💓 }. 

O sorteio será realizado no dia 17/02/2019, as 21h, e divulgado na Página do Facebook e no Instagram Um Pontinho. Serão válidas participações até as 19h do dia 17/02/2019.

E então... O que você prefere? O lencinho, para dançar na Vacaria 2020 {hehehe} e secar suas lágrimas de felicidade, ou aprender a bordar e criar outros tantos bordados maravilhosos? Espero tua mensagem, você é parte de minha gratidão. 💓

sábado, 27 de janeiro de 2018

Vai pro Rodeio de Vacaria? Tenho um recado pra ti.

Então tu vais pra Vacaria, hein? É a primeira vez? Então te prepara, por que teu conceito de rodeio certamente será atualizado. Você vai ficar mais exigente e já não achará muita graça nos rodeios menores que participar. {Sinto muito, mas é verdade}.

Ah... Não é a primeira vez! Então eu sei, que bem aí no fundo do teu coração, guarda uma lembrancinha {ou muitas lembranças} de cada ano que já participou. Foram beijos ou abraços, encontros ou desencontros, choro ou muitas risadas, uma canção ou uma dança, um show ou um cachorro-quente, momentos compartilhados com gente que alguma coisa tem em comum contigo. É prenda? Tenho certeza de que lembra de todos os vestidos que já usou em Vacaria!!!

Vai dançar? Então prepare teu coração. Por que aquele palco mágico simboliza para quem dança muito mais do que um troféu. São horas da sua vida, são sacrifícios pessoais, que você entrega em 20 minutos de alta energia. E quando a gaita chora e você sente essa vibração, nada mais importa além de viver aquele momento.

Não tem como explicar, só sentindo para saber. Não crie expectativas {embora isso seja bem difícil}.



Mas antes de te dar o meu recado, quero te contar uma história.

Na década de 70, um jovem casal saiu do interior de Vacaria, com seus 10 filhos, rumo a Caxias do Sul. A decisão se baseou em boas conversas com familiares que já na cidade grande, enxergavam melhores oportunidades para seus filhos.E assim, para essa família, na década de 70, Vacaria não simbolizava mais oportunidades.

Na mesma época, um grupo de pessoas acreditava em um projeto que havia sido criado nos anos 50. Na mesma Vacaria da família que abandonara o campo rumo a outra cidade, o rodeio que nasceu intermunicipal passou a ser internacional. E assim, para esse grupo de pessoas, na década de 70, Vacaria simbolizava muitas oportunidades.

Sim, Caxias do Sul trouxe muitos desafios e prosperidade para essa família. Os filhos cresceram, os netos vieram, e o trabalho nunca faltou para que tivessem uma vida digna.

Sim, o evento intermunicipal se fortaleceu como internacional, e hoje, em 2018, atrai para Vacaria milhares de pessoas que amam as tradições gaúchas, vindas dos mais diferentes destinos do mundo. Essa Vacaria, oportuniza e fomenta emoções, sentimentos, negócios, cultura, valor, dinheiro, chances, paixões, prêmios, beijos, abraços, encontros, desencontros, choro, muitas risadas, canções,  danças, shows, cachorros-quente e muito mais. Mais do que isso, movimenta gente, que larga tudo para curtir essa Vacaria.

Meu recado para ti, então é: viva intensamente o Rodeio de Vacaria. Sinta sua energia. Compartilhe sua vida com pessoas, que assim como você, esperam 2 anos para curtir cada minutinho dessas 2 semanas, e perceba como privilegiados somos. Nossas tradições são capazes de movimentar corações dos quatro cantos do mundo para se juntarem em uma pequena cidade do interior de nosso Rio Grande. E pense um pouquinho? Qual Vacaria você enxerga? A Vacaria que deve ser celebrada ou aquela que deve ser abandonada? (E leve umas botas, por que sempre tem pelo menos um dia que chove no Rodeio de Vacaria. 💓)

 

  • Dedico esse post a João Inácio Antunes Padilha, vô querido, a quem devo a honra de ser gaúcha, e que deixou seu amado Refugiado em busca de oportunidades em Caxias do Sul, na década de 70. Deixa seu legado além de sua existência e seu amor por Vacaria perpetua em nós em celebração em cada nova edição do Rodeio Internacional de Vacaria.

 

Se preferir, escute o post  Vai pro Rodeio de Vacaria? Tenho um recado pra ti.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Tradição e bordado

Eu bordo desde pequena. Minha mãe foi quem me ensinou. Não me lembro exatamente quando, nem como foi que aprendi, porque além de bordar, minha mãe me ensinou várias outras técnicas manuais. Mas foi o bordado que me desafiou, me fez querer saber mais, foi com ele que me identifiquei. E foi assim, meio sem querer querendo, que aprendi com minha mãe o que ela possivelmente aprendeu com a mãe dela, que por sua vez, minha avó materna também pode ter aprendido com alguém de sua convivência familiar. Isso é tradição: cultuar coisas boas do passado, sem regras institucionais, com adequações a cada ser, com adaptações dos tempos, passando de geração a geração.

Dos bordadinhos da infância, quando fazia meio que por brincadeira mesmo, até os tempos atuais, onde bordar se tornou um ofício para mim, tive a partir da infância uma vivência que reforçou ainda mais minha vontade de querer desenvolver essa habilidade: ingressar no meio tradicionalista do Rio Grande do Sul.

Nos anos 80, a convite de amigos, meu pai me inscreveu para começar a aprender as danças tradicionais do Rio Grande do Sul. Ensaiávamos em uma garagem {pequenina hoje, mas que na época parecia enorme}. Eu, sem saber exatamente o que aquilo significava {ou significaria} para mim, curtia mesmo eram as coreografias, os amigos, as  brincadeiras com tantas crianças diferentes. Em seguida, começaram as viagens a rodeios, aí todas as crianças queriam comprar o mesmo brinquedo, a gente gostava de ir nos parquinhos {com aqueles brinquedos enferrujados, mas tão "legais"} que todo rodeio tinha. Na hora de se arrumar para a apresentação, estávamos prontos, cumpríamos nosso dever, mas depois a gente queria era "zuar". E assim, com o tempo, fui aprendendo que o mundo das tradições gaúchas era muito divertido, cheio de alegria e amizade, mas ao mesmo tempo fui compreendendo que cada coisa tinha um significado, um porquê, uma explicação.

Ainda pequena comecei a estudar para concursos de primeira prenda. Mais decorando informações  e conceitos do que propriamente compreendendo, percebi que aquilo me ajudava a ir bem na escola. Os assuntos que estudávamos nos encontros de prendas, eram as matérias que aprendia nas aulas da 4ª série {5º ano do ensino fundamental hoje - não sei se as matérias estudadas ainda são as mesmas}. Muitas vezes quando a professora explicava, eu já sabia todo o conteúdo por ter lido e relido sobre geografia, história e folclore do Rio Grande do Sul junto com outras prendas nos encontros preparatórios. A autoestima ficava lá em cima. Além de uma prova escrita,  para esse tipo de competição, era importante demonstrar habilidades artísticas {saber cantar, dançar, declamar tocar um instrumento - eu sempre dançava}, habilidades comportamentais {desenvoltura para falar em público, conversar com as pessoas, pensamentos coerentes - nos fazia treinar na frente do espelho} e também saber fazer alguma demonstração de "dotes domésticos" - não era esse o nome, mas na verdade compreendia algo assim do "universo feminino" #sqn {artesanato, culinária e mais alguma outra coisa que não lembro exatamente. Foi nesse momento que consegui reforçar ainda mais o quanto bordar me fazia bem e também impressionava as pessoas. Não somente pelo fato de uma criança fazer um trabalho "tão antigo", mas também por começar a compreender que quanto mais eu fazia, melhor ia ficando.

 

  • Um de meus primeiros bordados - ainda na infância {a influência da cultura gaúcha, sempre me fez gostar de ilustrações, fotos e imagens de bonecas, mulheres, meninas com vestidos rodados}:


Com o passar do tempo, ainda no meio gauchesco, consegui encontrar sentido e significado em outras diversas vivências, mas certamente as da infância me marcaram de forma tão positiva que me fazem ter a certeza de que se hoje faço do bordado um trabalho tão cheio de amor, de dedicação e de propósito, sendo uma de minhas fontes de renda, foi com o reforço e estímulo que encontrei dentro de um CTG {Centro de Tradições Gaúchas}.

 

  • Um de meus mais recentes bordados - faixa com monograma, do trajar tradicional masculino :

 


Perceba que de tantas coisas que relato a respeito desse pequeno pedaço de  minha experiência no meio tradicionalista gaúcho, e que marcaram de forma tão verdadeira e significativa minha vida, não destaco concursos que ganhei, competições e rodeios em que fomos os melhores, porque para mim o que de fato ficou, de forma prática, foram as habilidades que desenvolvi e que facilitam minha "vida real" {vida real = vida fora do meio tradicionalista}, as amizades que perduram por tanto tempo, os valores que me fazem lembrar diariamente que a simplicidade do homem do campo tem muito mais força do que as aparências complexas que no mundo moderno tendemos a querer criar.

Talvez se voltássemos nosso olhar ao potencial que o meio tradicionalista do Rio Grande do Sul tem para capacitar pessoas, contribuindo economicamente, educacionalmente e socialmente não só ao nosso estado, mas ao mundo, teríamos uma compreensão mais adequada de nossa cultura além das fronteiras de Centro de Tradições.

Encerro esse breve texto com a citação de Barbosa Lessa, que já nos anos 50 atentava pelo propósito do tradicionalismo em sua tese O Sentido e o Valor do Tradicionalismo {o negrito é por minha conta}:

"O Tradicionalismo consiste numa EXPERIÊNCIA do povo rio-grandense, no sentido de auxiliar as forças que pugnam pelo melhor funcionamento da engrenagem da sociedade. Como toda experiência social, não proporciona efeitos imediatamente perceptíveis. O transcurso do tempo é que virá dizer do acerto ou não desta campanha cultural. De qualquer forma, as gerações do futuro é que poderão indicar, com intensidade, os efeitos desta nossa - por enquanto - pálida experiência. E ao dizermos isso, estamos acentuando o erro daqueles que acreditam ser o Tradicionalismo uma tentativa estéril de "retorno ao passado". A realidade é justamente o oposto: o Tradicionalismo constrói para o futuro." 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Dia de Reis, é dia de presentear

"Até então, a família gaúcha pastoril, louvava o nascimento de Jesus Menino, com orações, no presépio: cantava Ternos de Reis, saboreava uma especial ceia e assim festejava o Natal na intimidade dos próprios membros da sua Santa-família, com muita alegria, amor e paz, seguindo a tradição de origem açorita, e sem a escravidão obrigatória do presentear. E quanto da satisfação de presentes, correspondia a 6 de janeiro. momento histórico das oferendas dos Reis Magos, e não no dia de Natal, como na comemoração atual."

Esse é um trecho da publicação Tirando Reses no Natal Pampeano, de J. C. Paixão Côrtes. Livreto esse que tive a honra de contribuir para a edição no ano de 2000, no qual Seu Paixão fala um pouco sobre a tradição pastoril do Rio Grande do Sul na época natalina.



Desde então {confesso}, tenho certa resistência a figura do Papai Noel. Gosto mesmo do sentido do Natal, da possibilidade de reflexão, da reunião familiar, da junção de gente querida.

Encerrando os festejos de nascimento de Jesus, comemoramos em 06 de janeiro, Dia de Reis.

Na vida rural em nosso passado {não exclusividade do Rio Grande do Sul} grupos de pessoas festejavam com música, visitação, comida boa e presentes. Mais do que o dia de desmontar a árvore, Dia de Reis também é dia de reflexão, é dia de festa, de visitar amigos, de presentear.

Comemorando essa data tão cheia de sentido, lembrando que é dia de presentear, vou sortear um pingente com pontinhos.

 


Para participar do sorteio, você deve:

  1. Curtir a página Um Pontinho no Facebook: clique aqui
  2. Compartilhar em modo público esse post no Facebook
  3. Cruzar os dedos e torcer

O sorteio será realizado na próxima sexta-feira, dia 13/01/2017 e divulgado na Página do Facebook. Serão válidos os compartilhamentos até as 12h do dia 13/01.

Me sentindo abençoada, rodeada de gratidão, me despeço, nesse post com versos e oração:

Tinha Deus determinado / A humanidade remir / Libertando-a do pecado / E lhe dando outro porvir

Reclinado no presépio / Cheio de glória e de luz / Fruto da Virgem Maria/ Está o menino Jesus

Agora mesmo cheguemos / A beira de seu terreiro / Viemos para cantar / No dia seis de janeiro