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sexta-feira, 23 de julho de 2021
Um sonho que se multiplica
quinta-feira, 4 de julho de 2019
Não vou ensinar o que sei!
Vou ensinar o que faço! 💓
A pergunta que mais respondo sobre o meu trabalho é:
- Mas como você faz?
Muitas pessoas que acompanham meu trabalho tem se inspirado em meus trabalhos {algumas até copiado - pois não dão o devido crédito da criação}.
Mas acredito que o propósito maior do que faço vai muito além de pontos de bordado. Por isso mesmo quero compartilhar com mais gente a maneira como desenvolvo esse tão amado ofício.
De que adianta guardar só para mim? Não é mesmo?
Dessa forma {atendendo a pedidos} formatei um Workshop para iniciantes.
Um sábado, na linda Casa Cinquentenário, aqui em Caxias do Sul.
Se você já se arrisca nos pontinhos, mas tem algumas dúvidas: esse workshop é para você!
Se você já borda, mas gosta de trocar ideias e experiências em torno dessa linda técnica: esse workshop é para você!
Mas se você borda e acha que sabe tudo e que está bom como está: ESSE WORKSHOP NÃO É PARA VOCÊ!
É UM WORKSHOP TOTALMENTE PRÁTICO...
A GENTE VAI MESMO É BOTAR A MÃO NA MASSA!!!
Vou ensinar 6 diferentes pontos de bordado, que lhe permitirão infinitas possibilidades de combinações. Além de dicas para acabamentos bem feitos, experimentações em diferentes tecidos e uma introdução ao micro-bordado {que são bordados bem pequenos aplicados em peças de acessórios, como brincos e pingentes 💓}.
E então... Vamos bordar?
No botão abaixo você encontra todas as informações para fazer sua inscrição.
A turma é pequena, para que eu possa dar atenção a cada participante.
Inscrições até dia 10 de julho tem D E S C O N T O !!! Inscrições pelo e-mail cate@catelinipadilha.com.br ou WhatsApp (54) 99117.8240.
domingo, 28 de abril de 2019
[PODCAST] #005 - Borda, Pensa e Sonha - Moda Sustentável: Faça parte
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Bordar: um ato revolucionário
"Em 24 de abril de 2013, 1.133 pessoas morreram quando o complexo de fábricas Rana Plaza desabou em Dhaka, Bangladesh. Muitos outros ficaram feridos. Hoje, catástrofes sociais e ambientais continuam acontecendo na indústria da moda, em vários lugares do mundo.
Assim foi criado o Fashion Revolution Day. O dia em que estilistas, celebridades, lojas e marcas de todos os tipos, produtores de algodão, operários, ativistas, ONGs, jornalistas – e qualquer pessoa que se preocupa com o que veste – se reúnem para dizer o mesmo: #quemfezminhasroupas" Esse texto vem de um post do da página no Facebook do Movimento Fashion Revolution Brasil
Esse movimento questiona: onde o consumismo vai nos levar?
Será que o mundo, o Planeta Terra, tem condições de produzir matéria-prima suficiente para atender essa demanda?
Será que o fato de querermos comprar cada vez mais coisas, de preferência bem baratas, não faze com que alguém em algum lugar do mundo pague com sua própria vida?
Você já havia parado para pensar nisso?
Na correria do dia-a-dia, no piloto-automático que nos deixamos entrar, fazemos muitas coisas sem questionar, sem analisar, fazemos porque tem que fazer, porque todo mundo faz. Mas você não é todo mundo, já dizia sua mãe. Pare agora e dá uma olhadinha da etiqueta de sua roupa: de onde ela vem? Possivelmente uma de suas peças de vestimenta tenha um "Made in um lugar distante". Se tem demanda, alguém vai fazer... Nem que para isso custe vidas, situações degradantes, humilhantes, desumanas. O lucro por si só não se justifica. O lucro deve ser a consequência, não o objetivo final.
Diante desse cenário, desenhar seu próprio vestido, comprar um lindo tecido na loja tradicional da cidade e pedir para a costureira do bairro confecciona-lo pra você passa a ser um ato revolucionário: fomenta a criatividade, movimenta a economia local, valoriza as pessoas que estão perto de você e ainda faz com que {aos poucos} a demanda por peças de baixo custo caia. Gera lucro em diversas esferas. E lucro é bom, não o lucro a qualquer custo, mas o lucro saudável, o lucro construído, que traz junto ao dinheiro o lucro social, o lucro para mais do que uma só parte envolvida.
Bordar também pode ser um ato revolucionário quando você, ao abrir seu armário, encontra aquela camisa que comprou por impulso e nunca usou, faz um belo risco com flores e arabescos e resolve bordar com linhas e miçangas e dar a ela vida útil, sem você precisar novamente recorrer a promoções e fast fashion em tempos de pouca grana.
Para um ato revolucionário, convido você a uma {breve mas cheia de afeto} oficina gratuita de bordado que estarei ministrando, dentro da Semana Fashion Revolution aqui em Caxias do Sul/RS. Leva aquela roupa que você quer dar um up, aumentar a vida útil, começar a usa-la mesmo porque estava entrulhando seu armário ou quem sabe até fazer algo especial para presentear sua mãe {Dia das Mães está logo aí <3}. Vou ensinar 2 diferentes pontos que já lhe farão ter infinitas possibilidades de criação.
Vamos bordar?
Podemos bordar a gola de uma camisa, quem sabe? Uma calça jeans, uma blusa, um vestido?
Oficina GRATUITA de Bordado
Dia 29/04/2017 às 16h
Local: Zero 54 - Rua Augusto Pestana, 154 - Caxias do Sul/RS
O material fica por sua conta, é necessário uma peça de roupa de preferência clara, (que será customizada durante a oficina), linha para bordado, agulha, tesoura e lápis.
Inscrições: clica aqui
VAGAS LIMITADAS
"Toda grande jornada começa com um pequeno passo". Gosto tanto dessa frase. Vamos dar nosso primeiro passo?
segunda-feira, 6 de março de 2017
Tradição e bordado
Eu bordo desde pequena. Minha mãe foi quem me ensinou. Não me lembro exatamente quando, nem como foi que aprendi, porque além de bordar, minha mãe me ensinou várias outras técnicas manuais. Mas foi o bordado que me desafiou, me fez querer saber mais, foi com ele que me identifiquei. E foi assim, meio sem querer querendo, que aprendi com minha mãe o que ela possivelmente aprendeu com a mãe dela, que por sua vez, minha avó materna também pode ter aprendido com alguém de sua convivência familiar. Isso é tradição: cultuar coisas boas do passado, sem regras institucionais, com adequações a cada ser, com adaptações dos tempos, passando de geração a geração.
Dos bordadinhos da infância, quando fazia meio que por brincadeira mesmo, até os tempos atuais, onde bordar se tornou um ofício para mim, tive a partir da infância uma vivência que reforçou ainda mais minha vontade de querer desenvolver essa habilidade: ingressar no meio tradicionalista do Rio Grande do Sul.
Nos anos 80, a convite de amigos, meu pai me inscreveu para começar a aprender as danças tradicionais do Rio Grande do Sul. Ensaiávamos em uma garagem {pequenina hoje, mas que na época parecia enorme}. Eu, sem saber exatamente o que aquilo significava {ou significaria} para mim, curtia mesmo eram as coreografias, os amigos, as brincadeiras com tantas crianças diferentes. Em seguida, começaram as viagens a rodeios, aí todas as crianças queriam comprar o mesmo brinquedo, a gente gostava de ir nos parquinhos {com aqueles brinquedos enferrujados, mas tão "legais"} que todo rodeio tinha. Na hora de se arrumar para a apresentação, estávamos prontos, cumpríamos nosso dever, mas depois a gente queria era "zuar". E assim, com o tempo, fui aprendendo que o mundo das tradições gaúchas era muito divertido, cheio de alegria e amizade, mas ao mesmo tempo fui compreendendo que cada coisa tinha um significado, um porquê, uma explicação.
Ainda pequena comecei a estudar para concursos de primeira prenda. Mais decorando informações e conceitos do que propriamente compreendendo, percebi que aquilo me ajudava a ir bem na escola. Os assuntos que estudávamos nos encontros de prendas, eram as matérias que aprendia nas aulas da 4ª série {5º ano do ensino fundamental hoje - não sei se as matérias estudadas ainda são as mesmas}. Muitas vezes quando a professora explicava, eu já sabia todo o conteúdo por ter lido e relido sobre geografia, história e folclore do Rio Grande do Sul junto com outras prendas nos encontros preparatórios. A autoestima ficava lá em cima. Além de uma prova escrita, para esse tipo de competição, era importante demonstrar habilidades artísticas {saber cantar, dançar, declamar tocar um instrumento - eu sempre dançava}, habilidades comportamentais {desenvoltura para falar em público, conversar com as pessoas, pensamentos coerentes - nos fazia treinar na frente do espelho} e também saber fazer alguma demonstração de "dotes domésticos" - não era esse o nome, mas na verdade compreendia algo assim do "universo feminino" #sqn {artesanato, culinária e mais alguma outra coisa que não lembro exatamente. Foi nesse momento que consegui reforçar ainda mais o quanto bordar me fazia bem e também impressionava as pessoas. Não somente pelo fato de uma criança fazer um trabalho "tão antigo", mas também por começar a compreender que quanto mais eu fazia, melhor ia ficando.
- Um de meus primeiros bordados - ainda na infância {a influência da cultura gaúcha, sempre me fez gostar de ilustrações, fotos e imagens de bonecas, mulheres, meninas com vestidos rodados}:
Com o passar do tempo, ainda no meio gauchesco, consegui encontrar sentido e significado em outras diversas vivências, mas certamente as da infância me marcaram de forma tão positiva que me fazem ter a certeza de que se hoje faço do bordado um trabalho tão cheio de amor, de dedicação e de propósito, sendo uma de minhas fontes de renda, foi com o reforço e estímulo que encontrei dentro de um CTG {Centro de Tradições Gaúchas}.
- Um de meus mais recentes bordados - faixa com monograma, do trajar tradicional masculino :
Perceba que de tantas coisas que relato a respeito desse pequeno pedaço de minha experiência no meio tradicionalista gaúcho, e que marcaram de forma tão verdadeira e significativa minha vida, não destaco concursos que ganhei, competições e rodeios em que fomos os melhores, porque para mim o que de fato ficou, de forma prática, foram as habilidades que desenvolvi e que facilitam minha "vida real" {vida real = vida fora do meio tradicionalista}, as amizades que perduram por tanto tempo, os valores que me fazem lembrar diariamente que a simplicidade do homem do campo tem muito mais força do que as aparências complexas que no mundo moderno tendemos a querer criar.
Talvez se voltássemos nosso olhar ao potencial que o meio tradicionalista do Rio Grande do Sul tem para capacitar pessoas, contribuindo economicamente, educacionalmente e socialmente não só ao nosso estado, mas ao mundo, teríamos uma compreensão mais adequada de nossa cultura além das fronteiras de Centro de Tradições.
Encerro esse breve texto com a citação de Barbosa Lessa, que já nos anos 50 atentava pelo propósito do tradicionalismo em sua tese O Sentido e o Valor do Tradicionalismo {o negrito é por minha conta}:
"O Tradicionalismo consiste numa EXPERIÊNCIA do povo rio-grandense, no sentido de auxiliar as forças que pugnam pelo melhor funcionamento da engrenagem da sociedade. Como toda experiência social, não proporciona efeitos imediatamente perceptíveis. O transcurso do tempo é que virá dizer do acerto ou não desta campanha cultural. De qualquer forma, as gerações do futuro é que poderão indicar, com intensidade, os efeitos desta nossa - por enquanto - pálida experiência. E ao dizermos isso, estamos acentuando o erro daqueles que acreditam ser o Tradicionalismo uma tentativa estéril de "retorno ao passado". A realidade é justamente o oposto: o Tradicionalismo constrói para o futuro."
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Bordadeiras que Inspiram #1
Eu gosto de ler, de assistir, de acompanhar, de compartilhar com gente que faz o que eu faço. Gosto de aprender, de contrapor, de me inspirar ou talvez não concordar, mas conhecer opiniões diferentes. Sem a menor dúvida conhecer o Clube do Bordado foi um grande marco em minha vida bordadeira.
Eu bordo desde pequena, mas aos poucos a vida e o trabalho foram empurrando essa minha paixão para "quando sobrava um tempinho" {e nunca sobra, não é mesmo?}. Como trabalho há bastante tempo com educação corporativa, estou o tempo todo ligada a termos corporativos, que muitas vezes deixam de lado o CPF que está por trás do CNPJ. Eu gosto {gosto não, amo} a ideia da busca por soluções dentro das empresas, dentro dos processos, na busca por produtos melhores, mas certamente isso somente será possível através das pessoas e se fizer sentido para as pessoas. Eu não conseguia encontrar uma conexão entre o meu trabalho e minhas habilidades manuais. Até que em 2015 conheci o trabalho desse Coletivo lindo. Seis jovens {e isso me chamou muito a atenção}, com trabalhos modernos, com visões modernas, com linguagem moderna, usando o bordado livre como forma de expressão e incentivando o empoderamento feminino.
Seis amigas, que se reuniam para bordar, e que encontraram nessa roda de conversas e pontos, sentido e propósito que precisavam compartilhar com o mundo. Gosto da ideia que elas frisam sempre de respeito pela diferença de cada uma, da abordagem de temas atuais através de pontos tradicionais, das possibilidades que o bordado oferece como terapia, da conexão que tantas mulheres tem com o bordado ao redor do mundo
Gosto de como encontram a beleza no dia-a-dia...
Gosto de como retratam a força com tanta delicadeza...
Gosto da simetria dos pontos {mas também da assimetria quando necessário}, gosto de dizerem tanto sem necessariamente precisar falar algo...
Me identifico com o trabalho dessas gurias por inúmeras razões, mas talvez a mais forte delas seja justamente o fato de usarem pontos de bordado como forma de expressão da alma, dos pensamentos, dos sentimentos mais pessoais que brotam em características tão femininas, tão humanas, tão minhas, tão nossas.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
O sorteio, o ajudante e o bordado
Sexta-feira passada, dia 13, realizei o sorteio do pingente bordado, conforme havia prometido no post do Dia de Reis. Toda sexta-feira a tarde eu faço companhia para meu Vô João, que nas idas de seus 90 anos, necessita de companhia em tempo integral e a sexta-feira é o meu compromisso com ele. Por esse motivo, nas sexta-feiras acabo chegando em casa {cerca de 35 Km de distância da casa de meu avô} um pouco tarde, e entre descarregar o carro {carrego sempre muita coisa}, arrumar uma coisa aqui, outra ali, dar banho no João e outros tantos compromissos domésticos que uma mãe/esposa/bordadeira posa ter, paro mesmo depois da meia-noite.
Como havia firmado compromisso com tantas pessoas que curtiram e compartilharam o post, queria sim fazer na data combinada, mas quis fazer algo cheio de sentido e carinho, como toda essa movimentação gerada em função dessa pequena promoção me proporcionou. Eu poderia ter usado ferramentas digitais, sites de sorteio e essas parafernálias todas que estão o tempo todo pipocando na nossa frente quando usamos a internet, mas como foi nosso primeiro sorteio via blog e como {pelo menos por enquanto} foi possível fazer uma lista com os participantes, analisar, pensar, revisar, convoquei meu ajudante, o João Augusto, para fazer parte desse momento singelo. Mais do que isso, quis compartilhar com meu filho a alegria que tenho com meu trabalho, quis vivenciar momentos reais com ele, deixando o virtual como coadjuvante.
Da lista de mais de 75 compartilhamentos, 52 foram válidos, então escrevemos os números manualmente.
Exercitamos a escrita do João. Seu conhecimento dos números as vezes se embaralha, mas acredito que faça parte do aprendizado.
Em determinado momento o ajudante se cansou de escrever...
Recortar exercita a motricidade e a concentração. E aí eu ganhei uma daquelas frases tão cheias de gostosura que nossos pequenos dizem, que dá vontade de fazer um quadro pra nunca mais esquecer:
E ele curtiu tanto quanto eu!
E então:
E assim, a Nadia Beatriz Vieira, aqui de Caxias do Sul, foi a contemplada com o pingente bordado.
Farei a entrega ainda essa semana para a Nadia e como disse a ela ao telefone, desejo que esses pontinhos tragam muita sorte a ela, assim como tem trazido a mim. Certamente se não fosse o bordado não teria a oportunidade de compartilhar sentimentos e pensamentos tão positivos e verdadeiros com tanta gente que se identifica através dessa arte milenar. Certamente também não teria feito um sorteio tão divertido ao lado do assistente mais amado desse mundo. Depois de encerrarmos essa promoção, ficamos "sorteando" coisas até quase 01 hora da manhã. João inventava coisas para sortear, inventava os nomes a serem sorteados, eu escrevia, recortava, colocava no copo, ele tirava o papelzinho e anunciava o ganhador. Até nossos carneiros entraram na brincadeira.
Como diz a linda música Trem Bala, de Ana Vilela: