domingo, 24 de dezembro de 2017

Por que você comemora o Natal?

Por que você comemora o Natal? Uma pergunta simples, que até parece tola, mas pergunto isso a você para que não esqueça de que o Natal comemora a simplicidade, o amor e a esperança.

Não se deixe levar pela ilusão do consumo.

Acredite: o maior presente que você pode dar a quem você mais ama é estar presente.

Desejo que esteja com as pessoas que fazem sua vida valer a pena e que possa abraça-las com a certeza de que este momento significa muito para vocês.

Feliz Natal e muitos pontinhos pra gente.



Se preferir, ouça esse post aqui

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Quem me faz acreditar em meus sonhos

 Meu trabalho com os bordados virou negócio {de verdade} há pouco menos de 2 anos de maneira informal e há 3 meses registrado com CNPJ . Em paralelo, embora bem menos do que antes, continuo meu trabalho com o Dario, meu marido, na empresa de palestras e treinamentos profissionais, com foco principal em vendas. Trabalho com isso há mais de 15 anos, antes mesmo de conhecer o Dario, mas foi com ele que aprendi a importância do trabalho que fazia e o que é empreender e vender. Foi com ele também que compreendi que mais do que vender um produto ou serviço, a gente tem que se enxergar resolvendo problemas, pois a venda será uma consequência disso. Depois que nos casamos, foi difícil para mim entender que eu não teria um salário todo dia 05, mas foi ele que me fez enxergar que a vantagem de não ter salário fixo estava justamente no fato de ele não ser fixo.

Sempre disse a ele que sou sua fã, não somente pelos motivos óbvios que saltam aos olhos, mas porque acredito tanto nas coisas que ele fala, que talvez eu seja a prova viva de que suas teorias são verdadeiramente praticáveis. De tanto ouvir seus cursos e palestras, encontrei em mim as respostas que me levaram a querer trabalhar com o bordados. Um desejo tão latente em mim que encontrava como respostas as telas de seu PowerPoint.

O fato é que eu o amo, mas talvez antes disso, o admire. E não acho justo ficar com tanta riqueza {intelectual - vamos deixar isso claro kkk) só para mim. Eu quero que o mundo o conheça e perceba o quanto valoroso é o conhecimento que Dario tem. Certamente tem muita gente precisando ouvir o que ele tem a dizer.

E por conhecer seu coração, sei o quanto não foi fácil ter se reinventado nesse último ano. Mas hoje percebe que as coisas estão mais claras, e que há muito trabalho a ser feito.

Dario me fez acreditar em mim, me faz acreditar em meus sonhos, embora muitas vezes sem ele mesmo perceber.



Quer conhecer mais sobre o trabalho do Dario e o que me ajuda a acreditar sempre em mim? Clica aqui e conheça um pouco mais do trabalho incrível do Dario para que mais gente encontre seu motivos para correr atrás de seus sonhos. {Depois me diz o que achou 💓}. 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Qual é o teu propósito?

Acordar cedo, entrar no chuveiro rapidamente, se maquiar ou arrumar o topete sem nem olhar no espelho, tomar um café correndo, deixar as crianças na escola, pegar um trânsito infernal, ler muitos emails, priorizar tarefas, almoçar o que for mais rápido, correr para resolver questões emergenciais até o final do expediente, pegar trânsito de novo, correr para não atrasar e pegar as crianças na escola, mais trânsito, mais compromissos domésticos, trabalho que você levou para casa, atenção aos pequenos / pet / companheiro, e {finalmente} descansar para no dia seguinte: COMEÇAR TUDO DE NOVO.

Se identificou com alguma coisa? Se enxergou fazendo diversas dessas ações sem nem parar para pensar? Pior que sim, né?

O dia-a-dia é tão corrido e fazemos tantas coisas ao mesmo tempo e de forma tão automática que quando a gente menos percebe as crianças já viraram adultos, os minutos se perderam nos anos e a gente foi se perdendo na correria.

Nesse sentido, o bordado me ajuda muito. O tempo que dedico a cada peça que confecciono serve como uma meditação, onde consigo colocar meus pensamentos em ordem e aquietar meu coração. Eu literalmente me dou um tempo. Aquele tempo em que cada pontinho se transforma em uma composição maior, me faz perceber que preciso conhecer o que faz o meu coração vibrar e no que desejo destinar mais de minha energia, para que a minha vida tenha propósito e valha a pena.

Aliás, falando em propósito, você me viu no Jornal Pioneiro, dia 14/08? Tive a honra de ilustrar uma matéria linda que falava sobre esse tema.


 


Para ler o caderno especial +Serra, edição 2, que traz essa reportagem, clica aqui.

Mas a verdade é que bordar me faz muito bem e me fez encontrar não somente um, mas diversos propósitos em minha vida.

Por uma gratidão imensa que tenho por essa técnica milenar, que desejo passar isso adiante, para que outras pessoas também tenham a oportunidade de usar o bordado como uma ferramenta de autoconhecimento e assim externar o que de mais nobre traz no coração.

Dessa forma, lhe convido a participar de uma Oficina Beneficente de Bordado, que realizarei aqui em Caxias do Sul, no dia 05 de Setembro. 



A minha proposta é você escolher uma palavra que te define, que tem a ver com o que você verdadeiramente é para você. Definida, esta palavra será parte do risco do bordado que você bordará no oficina. Assim, enquanto borda, terá um tempo para pensar se o que você vive diariamente tem de fato relação com o que você pensa sobre você.

Estou pedindo 5 litros de leite por participante como inscrição, para que possamos doar para a Associação Criança Feliz, que é uma entidade muito séria em nossa cidade e que faz um trabalho incrível.

Para se inscrever é só me ligar ou mandar um zapzap e a gente combina.

AS VAGAS SÃO LIMITADAS E JÁ TEMOS MUITOS INSCRITOS.

Crianças a partir de 6 anos podem participar. Homens e meninos também (o bordado é universal e sem preconceitos).

E então: vamos bordar? 

quarta-feira, 19 de julho de 2017

3 dicas para empreender como artesão profissional do jeito certo

Empreender é um verbo que tem sido muito utilizado nos últimos tempos. Para muitos o empreendedorismo torna-se algo natural, a partir de uma necessidade latente de crescimento de seu trabalho. Para outros, no entanto, passa a ser uma alternativa para a falta de oportunidade no mercado de trabalho {desemprego mesmo}.

Fomos {e ainda somos} educados a acreditar que um salário no quinto dia útil, as reservas de dinheiro que todo empregador é obrigado a recolher mensalmente e mais nossa contribuição ao INSS seria suficiente para garantir futuros imprevistos ou uma aposentadoria após um longo tempo de dedicação {ou troca de tempo por essas "garantias"}. Com essas crenças limitantes diversas gerações cresceram, se adequaram a pequenas mudanças nas regras, e continuou acreditando nessa fórmula, mas uma coisa não foi feita: não investiu-se em educação financeira adequada. Não aprendemos a poupar, ao contrário, fomos e somos estimulados a consumir, a comprar, a desejar produtos e serviços, sem muitas vezes de fato precisar. O Brasil está em reset em diversas esferas e a reforma das leis trabalhistas empurra cada vez mais brasileiros a tomar rédeas de seu trabalho e de seus ganhos. Acredito que muitas das mudanças propostas e aprovadas na reforma trabalhista são necessárias, só penso que estão sendo feitas de forma visceral, quase que letal, sem planejamento, sem um plano, sem comum acordo, sem uma explicação. Fazendo "por que tem que fazer, porque não dá mais tempo, porque é assim que tem que ser e fiquem quietos".

E então nesse cenário de insegurança e incerteza, muita gente habituada há anos com as regras da CLT, está se lançando no oceano do Empreendedorismo. Se libertar de uma realidade relativamente controlada, onde na maioria das vezes você tem horários, rotinas, competências e processos bem definidos para então ter que pensar, planejar e executar ao mesmo tempo tudo isso, não é fácil {experiência própria}. Esse exemplo {quero deixar bem claro} trata-se da grande maioria dos empreendedores do Brasil, são pequenas, micro empresas e MEIs, que movimentam a nossa economia sem nenhum tipo de benefício semelhante aos "presentes" que grandes empresários recebem, como temos visto ultimamente nos noticiários. Endividar-se e levar rasteiras financeiras nessa nova realidade é bem comum aos novos empreendedores, porque é diferente, é uma mudança total de ciclo financeiro quando você deixa para trás a garantia do salário para ter que produzir diariamente o seu lucro. Lucro é outra palavra difícil de ser compreendida, já que muito é confundida com faturamento por esse novo gestor.

E, entre esses tantos empreendedores, encontram-se milhares de artesãos, que com algum tipo de habilidade pessoal, se formaliza como empreendedor mas continua gerindo seu trabalho de forma não muito profissional.

Mas o que é preciso para um artesão profissional conseguir gerir seu trabalho de forma adequada, que o faça gerar lucro e valor através de seu trabalho?

Na minha opinião, são muitos os pontos que devemos investir nossa atenção, mas elenquei 3 para iniciarmos nossa reflexão:


 

1. DEFINA SEU HORÁRIO DE TRABALHO

Muitas vezes, o artesão trabalha em sua própria casa e isso é uma cilada para a produtividade. Estando em casa temos as rotinas da casa, temos os habitantes da casa {incluindo cachorros, gatos, filhos...}, temos a geladeira e seus quitutes, temos a televisão, temos o sofá... Tudo que, se não nos disciplinarmos, rouba o nosso tempo e o dia passa rapidinho. No final da tarde você fez um monte de coisas, mas trabalhar e produzir: NÃO. Definir um horário de trabalho significa que você está fazendo um acordo com você e com todos que convivem com você em casa. No horário definido você vai TRABALHAR, não vai assistir televisão, não vai lavar roupa {mesmo que o sol esteja rachando e possa secar a roupa rapidinho}, não vai brincar com os cachorros, não vai entrar nas redes sociais... Você vai produzir. Acredite: seu tempo é seu bem mais precioso {inclusive sob o ponto de vista financeiro}. 


 

2. REGISTRE SEU TRABALHO

Registre em diversas esferas: registre através de fotografias, registre os clientes para quem vendeu, registre os preços que cobrou, registre os investimentos que fez, registre o quanto custa para você fazer o que faz... Crie planilhas no computador com as informações que deseja registrar, faça listas ou escreva em um caderno {bem lindo} onde você facilmente encontrará as informações quando desejar. Se organize, pense e planeje quais informações são vitais para seu trabalho. Isso facilitará suas decisões futuras, você terá base concreta para se guiar, aumentado as chances de decisões acertadas.



3. SEPARE O SEU DINHEIRO PESSOAL DO DINHEIRO DO SUA EMPRESA

Quando a gente administra o dinheiro de nossa empresa é bem comum a gente misturar tudo. Mas o correto é não fazer isso. Se você ler alguns artigos sobre finanças para empreendedores, certamente vai chegar a conclusão de que deve estabelecer um valor mensal como salário para você, e programar seus gastos e investimentos pessoais com esse dinheiro. Porém, não deve inventar um número dos sonhos para ser sua retirada mensal, você precisa estabelecer esse valor baseado em registros.

Responda rapidamente (para você):

  1. Qual seu faturamento mensal dos últimos 3 meses?
  2. Quanto tempo você demora para produzir uma única peça de seu artesanato?
  3. Qual sua capacidade atual de produção?
  4. Você vende tudo o que produz?
  5. (Se a resposta 4 for não} Se vendesse tudo o que produz, qual seria seu faturamento mensal?
  6. (Se a resposta 4 for sim} Como você pode aumentar sua produtividade?
  7. Como você forma seu preço de venda?
  8. Qual sua lucratividade?

Eu poderia fazer uma infinidade de outras perguntas para que pudéssemos refletir sobre nosso trabalho e como administrar de forma mais adequada nossas finanças, enquanto empreendedores e artesãos, mas tenho certeza de que para começarmos a pensar sobre esse assunto, essas 8 questões são um bom início.

O que desejo, verdadeiramente, é que o artesanato possa ser valorizado como trabalho cultural, mas principalmente como gerador de valor e renda, por que essa é a mais verdadeira face de nosso trabalho. Acredito na capacidade do brasileiro de se adaptar as mudanças, de buscar alternativas para não deixar que as coisas fiquem ruins. Nosso trabalho é simples, mas é digno e capaz de criar riqueza de forma mais rápida do que muitas empresas engessadas ou cheias de burocracia. Então, diante de novas necessidades do mercado de trabalho, onde o empreendedorismo tem se apresentado como salvador das contas do mês, trabalhos artesanais podem e devem ser valorizados. Se é para começar, que comecemos da forma certa. 

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Bordar: um ato revolucionário

 "Em 24 de abril de 2013, 1.133 pessoas morreram quando o complexo de fábricas Rana Plaza desabou em Dhaka, Bangladesh. Muitos outros ficaram feridos. Hoje, catástrofes sociais e ambientais continuam acontecendo na indústria da moda, em vários lugares do mundo.

Assim foi criado o Fashion Revolution Day. O dia em que estilistas, celebridades, lojas e marcas de todos os tipos, produtores de algodão, operários, ativistas, ONGs, jornalistas – e qualquer pessoa que se preocupa com o que veste – se reúnem para dizer o mesmo: #quemfezminhasroupas" Esse texto vem de um post do da página no Facebook do Movimento Fashion Revolution Brasil

Esse movimento questiona: onde o consumismo vai nos levar?

Será que o mundo, o Planeta Terra, tem condições de produzir matéria-prima suficiente para atender essa demanda?

Será que o fato de querermos comprar cada vez mais coisas, de preferência bem baratas, não faze com que alguém em algum lugar do mundo pague com sua própria vida?

Você já havia parado para pensar nisso?

Na correria do dia-a-dia, no piloto-automático que nos deixamos entrar, fazemos muitas coisas sem questionar, sem analisar, fazemos porque tem que fazer, porque todo mundo faz. Mas você não é todo mundo, já dizia sua mãe. Pare agora e dá uma olhadinha da etiqueta de sua roupa: de onde ela vem? Possivelmente uma de suas peças de vestimenta tenha um "Made in um lugar distante". Se tem demanda, alguém vai fazer... Nem que para isso custe vidas, situações degradantes, humilhantes, desumanas. O lucro por si só não se justifica. O lucro deve ser a consequência, não o objetivo final.

Diante desse cenário, desenhar seu próprio vestido, comprar um lindo tecido na loja tradicional da cidade e pedir para a costureira do bairro confecciona-lo pra você passa a ser um ato revolucionário: fomenta a criatividade, movimenta a economia local, valoriza as pessoas que estão perto de você e ainda faz com que {aos poucos} a demanda por peças de baixo custo caia. Gera lucro em diversas esferas. E lucro é bom, não o lucro a qualquer custo, mas o lucro saudável, o lucro construído, que traz junto ao dinheiro o lucro social, o lucro para mais do que uma só parte envolvida.

Bordar também pode ser um ato revolucionário quando você, ao abrir seu armário, encontra aquela camisa que comprou por impulso e nunca usou, faz um belo risco com flores e arabescos e resolve bordar com linhas e miçangas e dar a ela vida útil, sem você precisar novamente recorrer a promoções e fast fashion em tempos de pouca grana.

Para um ato revolucionário, convido você a uma {breve mas cheia de afeto} oficina gratuita de bordado que estarei ministrando, dentro da Semana Fashion Revolution aqui em Caxias do Sul/RS. Leva aquela roupa que você quer dar um up, aumentar a vida útil, começar a usa-la mesmo porque estava entrulhando seu armário ou quem sabe até fazer algo especial para presentear sua mãe {Dia das Mães está logo aí <3}. Vou ensinar 2 diferentes pontos que já lhe farão ter infinitas possibilidades de criação.

Vamos bordar?



Podemos bordar a gola de uma camisa, quem sabe? Uma calça jeans, uma blusa, um vestido?

 


Oficina GRATUITA de Bordado

Dia 29/04/2017 às 16h

Local: Zero 54 - Rua Augusto Pestana, 154 - Caxias do Sul/RS

O material fica por sua conta, é necessário uma peça de roupa de preferência clara, (que será customizada durante a oficina), linha para bordado, agulha, tesoura e lápis.

Inscrições: clica aqui

VAGAS LIMITADAS

"Toda grande jornada começa com um pequeno passo". Gosto tanto dessa frase. Vamos dar nosso primeiro passo?